sábado, 16 de maio de 2015

O Bêbado e a Equilibrista. Edna Domenica Merola.

O Bêbado e a Equilibrista é uma composição da dupla João Bosco e Aldir Blanc que ficou conhecida pela interpretação de Elis Regina.
Na memória coletiva brasileira, a música O Bêbado e a Equilibrista remete ao movimento pró “Diretas Já” e pela anistia política. Isso significava que – no final da década de 70 do séc. XX – a sociedade brasileira almejava livrar-se do bipartidarismo (ARENA e MDB) e das eleições indiretas, assim como devolver os direitos políticos e descriminalizar aqueles que haviam se rebelado contra a ditadura.

Neste texto, o bêbado será lido enquanto metáfora dos que sofriam os efeitos das exclusões sociais advindas de políticas públicas justificadas pela teoria da degenerescência. E a equilibrista comparecerá como metáfora da classe artística que se via constantemente às voltas com a censura. Essa se impunha com força de guerra como se o território cultural fosse o mesmo que o geográfico, devendo ser defendido pelo exército. Seus opositores — intelectuais/artistas — deveriam ser perseguidos como acontece numa verdadeira caça à raposa. A música popular brasileira será enfocada sob o viés dos governos dos generais Médici e Geisel e de algumas escolhas das músicas de 1973 a 1979: Agnus Sei, Caça à Raposa, Mestre-Sala dos Mares, O Bêbado e a Equilibrista.
Durante o Regime Civil-Militar brasileiro, o Ato Institucional nº 5 (AI-5) vigorou de 1968 a 1978, evidenciando um panorama político de repressão truculenta e de censura à arte. O conservadorismo vigente na Era Vargas já sofrera desconstruções no âmbito do comportamento (moda, gosto musical, moral e costumes) que se consolidaram, de certa forma, no final da década de 70 com a aprovação da Lei do divórcio (Lei nº 6.515, de 26 de Dezembro de 1977). Mas politicamente, a década iniciou e terminou sob as rédeas dos generais.
Para este estudo considerou-se ilustrar algo emblemático na MPB: o trabalho conjunto do músico (João Bosco), do letrista (Aldir Blanc) e da intérprete (Elis Regina) que apesar de coetâneos iniciaram suas carreiras em três décadas diferentes (50, 60 e 70 do séc. XX).
Elis Regina nasceu em Porto Alegre - RS, em 17/03/1945. Iniciou sua carreira em 1956.
Aldir Blanc Mendes, 02/09/1946, Rio de Janeiro. Compositor e escritor. Iniciou sua carreira em 1963. Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala, O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa.

João Bosco de Freitas Mucci, Ponte Nova, MG. 13/07/ 1946. Cantor, violonista e compositor brasileiro. Iniciou a carreira em 1972. Desde cedo teve influência musical da família; aos 12 anos ganhou um violão verde e passou a integrar o conjunto de rock X-Gare; em 1961 transferiu-se para Ouro Preto onde fez curso secundário e engenharia; teve forte influência da bossa nova e do jazz; em 1970 em viagem ao Rio de Janeiro conheceu Aldir Blanc que viria a ser seu parceiro mais constante, tendo feito juntos mais de cem músicas; formou-se Engenheiro em 1973 e nesse mesmo ano gravou seu primeiro LP "João Bosco". Autor de mais de duzentas composições, as mais famosas são: O Mestre-Sala dos mares, De frente para o crime, Dois pra lá dois prá cá, Kid Cavaquinho, O bêbado e a equilibrista, Amigos novos e antigos, Perversa, Cabaré, todas com Aldir Blanc. Além de Papel Machê, com Capinam.





Aldir Blanc declarou em depoimento para fins jornalísticos que considerava Elis Regina muito generosa. Conta que foi bem recebido por ela desde o primeiro encontro, apesar dele ser novato e ela já famosa. Quando expôs seu repertório ela escolheu Bala com Bala para gravar de imediato (1972).

Após o falecimento da cantora Elis Regina, em 1983, a Gravadora: Polygram/Fontana lançou uma coletânea do tipo LP (long play) com doze músicas originalmente gravadas de 1972 a 1979.  Trata-se do álbum Elis Regina interpreta João Bosco e Aldir Blanc. Desse álbum, foram selecionadas para análise as músicas: Agnus Sei (1973), Caça à Raposa (1974) e Mestre-Sala dos Mares (1974) para serem colocadas em diálogo com o mote proposto em: O Bêbado e a Equilibrista (1979).




O Bêbado e a Equilibrista

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil.
Meu Brasil!...

Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarices
No solo do Brasil...

Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...

Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...

Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...

O Bêbado e a Equilibrista remonta ao período das diretas já e do movimento pela anistia aos exilados (foragidos). É uma das canções mais conhecidas, da parceria entre Aldir Blanc e João Bosco que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Um de seus versos: sonha com a volta do irmão do Henfil – faz referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho que à época tinha um irmão, o sociólogo Betinho, em exílio político no exterior.
Em: Choram Marias/ E Clarices/No solo do Brasil, há referência à viúva de Vladimir Herzog, professor da USP e jornalista da Cultura. Vlado Herzog foi torturado até a morte (em 25/10/1975) nas instalações do DOI-CODI, no quartel-general do II Exército, em São Paulo, após ter se apresentado ao órgão para prestar esclarecimentos sobre suas ligações e atividades criminosas.
Em março de 1979, 15 anos após o golpe militar de 1964, João Batista Figueiredo assume a presidência da República. Ex-chefe do Serviço Nacional de Inteligência, o antigo SNI, Figueiredo tinha a tarefa de consolidar a abertura política e assegurar a transição democrática. Sua primeira medida nesse sentido foi a sanção, em 28 de agosto de 1979, da lei 6.683, que concedia anistia a todos os que haviam cometido crimes políticos desde setembro de 1961 até aquela data. A lei teve efeito imediato e beneficiou 2.200 pessoas, que puderam deixar a clandestinidade ou retornar ao Brasil após exílio no exterior.
O sociólogo Herbert José de Souza, Betinho, retornou após oito anos de exílio, em 16 de setembro de 1979. No aeroporto de Congonhas (São Paulo, SP) foi recebido pelo irmão, o cartunista Henfil, e por vários amigos. Em entrevista à repórter Helena de Grammont, Betinho contou que todos ficariam felizes no dia em que anistia fosse ampla, geral e irrestrita. A reportagem foi ao ar no Fantástico daquele dia.
Muitos dos beneficiados pela anistia voltaram à cena política nacional se ligando aos novos partidos políticos fundados desde novembro, depois de aprovada a lei orgânica que extinguiu a Arena e o MDB e restabeleceu o pluripartidarismo no país.

Agnus Sei

Faces sob o sol, os olhos na cruz
Os heróis do bem prosseguem na brisa na manhã
Vão levar ao reino dos minaretes
A paz na ponta dos arietes
A conversão para os infiéis
Para trás ficou a marca da cruz
Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói
Vencer satã só com orações
Á andá pa catarandá que deus tudo vê
Á andá pa catarandá que deus tudo vê
Á anda, ê hora, ê manda, ê mata,
Responderei não!
Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei
O meu pastor não sabe que eu sei
Da arma oculta na sua mão
Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da santa-inquisição
Ah, o tribunal não recordará
Dos fugitivos de Shangrilá
O tempo vence toda a ilusão.

Agnus Sei foi gravada por Elis Regina, em 1972. A letra faz referência metafórica aos Anos de Chumbo com a prática de colher depoimentos sob tortura no DOI-CODI- Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna: órgão de inteligência e repressão, subordinado ao Exército do governo brasileiro, durante o regime inaugurado com o golpe militar de 31 de março de 1964.
Emílio Garrastazu Médici (1905 — 1985) foi Presidente do Brasil entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974. Ao longo do seu governo a ditadura atingiu seu pleno auge, com controle das poucas atividades políticas toleradas, a repressão e a censura às instituições civis foram reforçadas. E toda manifestação contrária ao sistema foi proibida. Foi um período marcado pelo uso sistemático de meios violentos como a tortura e o assassinato.
A música Agnus Sei recebeu prêmio de um pasquim carioca. Segundo Joca Lofi: “Em 1972, O Pasquim sobrevivia a duras penas. Longe iam os dias em que o semanário carioca representava a linha de frente da resistência ao regime militar. Da brilhante equipe que fundara o pequeno jornal muito pouco restara. Os que ficaram foram obrigados a diversificar as atividades do jornal, como o lançamento da Editora Codecri (Comitê de Defesa do Crioléu) a fim de editar títulos de intelectuais de esquerda ou de colaboradores sem acesso ao mercado editorial tradicional. [...] A primeira edição do Disco de Bolso teve a tiragem de 30.000 exemplares, vendidas unicamente em bancas de revistas. No lado 'A' trazia a primeira gravação de Águas de Março, composição de nosso maestro maior Antonio Carlos Jobim e interpretada pelo próprio. Do outro Agnus Sei, uma intrigante composição de uma dupla que iria dar o que falar nos anos seguintes, o mineiro João Bosco e o carioca Aldir Blanc...[..] Agnus Sei apresentava uma certa religiosidade profana, coisa típica do interior das Gerais, temperada com uma boa dose de cinismo agnóstico vinda da urbanidade carioca de Aldir Blanc, pontuada pela batida flamenca do violão de João Bosco. Uma música perturbadora.” (Por Joca Lofi. Disponível em


O título Agnus Sei faz um trocadilho com a expressão latina agnus dei (cordeiro de Deus), fazendo uma remissão ao herói que morre para salvar aos demais.





Outra expressão latina compõe ainda seu universo vocabular: dominus dominium que remete ao senhor todo poderoso. Há remissões vocabulares ao cristianismo medieval e suas guerras contra os muçulmanos: cruz, santa inquisição, heróis do bem, ariete (Máquina de guerra para arrombar portas e se desconjuntar muralhas.), minarete (Torre de mesquita, de onde os fiéis são chamados à oração.), fumaça negra (usada em conclaves no Vaticano, quando este ainda deve continuar), ovelha negra (pecador). No entanto, essas remissões são usadas para professar a descrença no pastor ou governante que irá ser infiel: O meu pastor não sabe que eu sei/ Da arma oculta na sua mão. Palavras que lembram as pronunciadas em cultos afros misturam-se à negativa de mandar matar e optam por responder negando: Á andá pa catarandá que deus tudo vê/Á andá pa catarandá que deus tudo vê/Á anda, ê hora, ê manda, ê mata,/Responderei não!

Caça à Raposa

O olhar dos cães, a mão nas rédeas
E o verde da floresta
Dentes brancos, cães
A trompa ao longe, o riso
Os cães, a mão na testa
O olhar procura, antecipa
A dor no coração vermelho
O rebenque estala, um leque aponta: foi por lá
Um olhar de cão, as mãos são pernas
E o verde da floresta
Oh, manhã entre manhãs
A trompa em cima, os cães
Nenhuma fresta
O olhar se fecha, uma lembrança
Afaga o coração vermelho
Uma cabeleira sobre o feno
Afoga o coração vermelho
Montarias freiam, dentes brancos: terminou
Línguas rubras dos amantes
Sonhos sempre incandescentes
Recomeçam desde instantes
Que os julgamos mais ausentes
Ah! Recomeçar, recomeçar
Como canções e epidemias
Ah! Recomeçar como as colheitas
Como a lua e a covardia
Ah! Recomeçar como a paixão e o fogo
E o fogo, e o fogo...

A música Caça à Raposa faz referência metafórica à perseguição política aos intelectuais. Em 1974, data da primeira gravação da referida música, o general Ernesto Geisel tomou posse da Presidência da República com um discurso de abertura política (na época chamada de distensão). Isso significaria a diminuição da censura, investigar as denúncias de torturas e dar maior participação aos civis no governo.
No entanto, o que ocorreu foi o oposto, a exemplo da tortura e morte de Vladimir Herzog, em 1975.

Mestre-Sala dos Mares (letra original sem censura)

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo

Para comentar O Mestre-Sala dos Mares partimos da letra original (que fora censurada e modificada nas gravações de Elis Regina), mas salva em uma interpretação da cantora, quando de sua apresentação em viagem ao México. Retomaremos o período no qual se apregoava a teoria da degenerescência e o alienismo.
Segundo Merola (2004), no final do século XIX, foram criados os hospícios, iniciativa calcada no alienismo como expressão da Medicina Social, cujas preocupações eram a marginalidade social, o crime, a pobreza e a loucura. A crítica à corrente alienista é feita na literatura brasileira por Machado de Assis, na obra O Alienista, conto que faz uma caricatura do uso social do confinamento do diferente.
No início do século XX, com o agravamento dos problemas urbanos, a teoria da degenerescência, propondo a higienização e manutenção da ordem social, ganha força na sociedade brasileira que almejava ingressar no processo de industrialização.
A teoria da degenerescência considerava a existência de uma hierarquia racial, na qual a raça ariana sobrepujava as demais, e os negros ocupavam a posição biológica inferior. Os princípios positivistas de ordem e progresso já presentes no ideário brasileiro possibilitaram a união das correntes alienista e da degenerescência, em que o confinamento do louco deveria ser conjuminado com a prevenção social da loucura.
O Mestre-Sala Mares, de João Bosco e Aldir Blanc é um samba enredo feito à época da ditadura (1975) em homenagem ao marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata em 1910, mais conhecido como "Almirante Negro". Mas devido à censura da época, aparece na letra da música como "navegante negro". À época, a república brasileira tinha apenas 21 anos. A Marinha tinha um histórico de apoio à Monarquia brasileira.
Naquela revolta, os marinheiros assumiram o comando de navios, ameaçando bombardear o Rio de Janeiro, inclusive o Palácio do Governo, caso os castigos corporais aos marinheiros não fossem suprimidos.
A princípio, o governo de Hermes da Fonseca cedeu. Foram aprovadas medidas que acabaram com as chibatadas, bem como um projeto que anistiava os amotinados.
A Revolta da Chibata foi um movimento idealizado por Francisco Dias Martins, o Mão Negra e os cabos Gregório e Avelino, e depois liderado pelo cabo da Marinha João Cândido, o "Almirante negro", semianalfabeto, que se insurgia contra os desmandos na marinha: o descontentamento com os baixos soldos, a alimentação de má qualidade e, principalmente, os humilhantes castigos corporais (chibatadas), que tinham sido reativados pela Marinha como forma de manter a disciplina a bordo. Por isso a revolta, iniciada em novembro de 1910, ficou conhecida como Revolta da Chibata.
Os marinheiros assumiram o comando de navios, ameaçando bombardear o Rio de Janeiro, inclusive o Palácio do Governo, caso os castigos corporais não fossem suprimidos. Em Princípio, o governo de Hermes da Fonseca cedeu. Foram aprovadas medidas que acabam com as chibatadas, bem como um projeto que anistia os amotinados.
Mas a anistia não durou dois dias. Em 28 de novembro, os marinheiros foram surpreendidos pela publicação do decreto número 8400, que autorizava demissões, por exclusão, dos praças do Corpo de Marinheiros Nacionais "cuja permanência se torne inconveniente à disciplina".
 O Governo traiu os revoltosos, que foram presos, perseguidos, e encaminhados para uma prisão subterrânea na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Quase todos morreram sufocados, pois a cela era subterrânea, sem ventilação e estava cheia de cal. Sobreviveram João Cândido e o soldado Naval João Avelino. João Cândido foi perseguido, considerado louco e morreu aos 89 anos, em 1969, quase no anonimato, como vendedor de peixes.
Em 24 de julho de 2008, através da publicação da Lei Federal nº 11.756/2008 no Diário Oficial da União, a anistia post mortem foi concedida a João Cândido Felisberto e aos demais participantes da Revolta da Chibata. Entretanto, a reparação financeira às duas únicas famílias que se apresentaram foi vetada pelo governo.
Desta forma, a música popular brasileira foi trazida à baila em suas confluências com o período político-cultural, pretendeu esboçar as imbricações do autoritarismo truculento do período que vai de 1972 a 1979 (governo dos generais Médici e Geisel) sobre a classe dos intelectuais e de artistas, ilustrando por meio do encontro entre a intérprete Elis Regina, o compositor João Bosco e o letrista Aldir Blanc e tomando-se por objeto as músicas: O Bêbado e a Equilibrista, Agnus Sei, Caça à Raposa, Mestre-Sala dos Mares.

REFERÊNCIAS

MEROLA, Edna Domenica. Psicodrama e psicodramatistas no Brasil (1963-2003). Dissertação de Mestrado. São Paulo. UNIMARCO. 2004.
Página Oficial de João Bosco http://www.joaobosco.com.br
Depoimento de Aldir Blanc sobre Elis Regina
João Bosco canta Bala com Bala
Blog Música em Prosa, O Mestre-sala dos Mares. Homenagem ao Almirante Negro, João Cândido.
Fontes:
MESTRE SALA DOS MARES. João Bosco. http://letras.mus.br/joao-bosco/663976/