No Ano do Dragão: revelações sobre um livro de crônicas.
No Ano do Dragão é um livro de Crônicas. O gênero crônica tem sido relacionado a dissertar e à prosa poética, no entanto, são técnicas também importantes para o gênero: a descrição e a narração. Descrever é buscar lugares descritivos. Na descrição há elementos para a realização de fatos, mas não ocorre a interação entre os elementos. O que é narrar? É escolher um foco para uma escrita constituída basicamente de verbos que expressam ação e encadeiam causas e consequências, revelando a interação de elementos para a realização de fatos (por exemplo, o diálogo entre os personagens). A escolha do foco narrativo determina se haverá um Narrador-Observador (que narra de uma perspectiva de fora da história) ou um Narrador-Personagem (que participa do enredo e usa ‒ eu ou nós ‒ para narrar).
No Ano do Dragão é um livro de Crônicas. O gênero crônica tem sido relacionado a dissertar e à prosa poética, no entanto, são técnicas também importantes para o gênero: a descrição e a narração. Descrever é buscar lugares descritivos. Na descrição há elementos para a realização de fatos, mas não ocorre a interação entre os elementos. O que é narrar? É escolher um foco para uma escrita constituída basicamente de verbos que expressam ação e encadeiam causas e consequências, revelando a interação de elementos para a realização de fatos (por exemplo, o diálogo entre os personagens). A escolha do foco narrativo determina se haverá um Narrador-Observador (que narra de uma perspectiva de fora da história) ou um Narrador-Personagem (que participa do enredo e usa ‒ eu ou nós ‒ para narrar).
Numa sexta-feira , 12 de outubro
de 2012, finalmente chegou o dia de revelar qual foi a surpresa que preparei
durante os 9 meses e 11 dias antecedentes à referida data! Dia 12 foi o dia d... do
nascimento de mais uma criação para o leitor do Aquecendo a Escrita! O Dragão do
horóscopo chinês (regente de 2012) e eu escrevemos um livro de crônicas. Os
textos dragoninos estão sob o título NO ANO DO DRAGÃO. Escolhi o dia das crianças para "blogar" sobre o título, pois o dragão é associado ao que nunca cessa de encantar ou de agitar a imaginação, assim como uma criança cercada por um ambiente facilitador nunca cessa de experimentar suas potencialidades. Algumas crônicas foram
inspiradas nos arcanos maiores do tarô. Já outras foram ambientadas
na cultura de Florianópolis (cidade cujo apelido é "ilha da Magia"). No entanto, No Ano do Dragão homenageia um cidadão paulistano, pois nesse ano comemoro o centenário do nascimento de meu pai.
"Making of" (Feitura) de um livro
A capa de um livro tem a ver com seu título. O título no Ano do Dragão quer dizer "em 2012"
A capa de um livro tem a ver com seu conteúdo. A primeira crônica faz referência explícita ao leitor. Nela a citação metafórica do elemento fogo tornou-se evidente. Sobre a metáfora do fogo, encontramos em Rubem Alves a bonita e clara explicação: "Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua sendo milho para sempre." ... Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo... Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos...
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. (A transformação pelo fogo, in "O amor que acende a lua", Editora Papirus).
No trabalho de feitura do livro há exclusões. Abaixo uma das capas que não usei. A foto que nela consta remete ao fogo, mas aglutina outras conotações. Uma delas é recolhimento, no sentido de "vida concentrada e recatada", o que não tem muito a ver com o cerne e o buquê de No Ano do Dragão.
No trabalho de feitura do livro há exclusões. Abaixo uma das capas que não usei. A foto que nela consta remete ao fogo, mas aglutina outras conotações. Uma delas é recolhimento, no sentido de "vida concentrada e recatada", o que não tem muito a ver com o cerne e o buquê de No Ano do Dragão.
Foto do acervo de Edna Domenica Merola |
Um critério de organização aponta uma direção,
mas deve ser flexível e sutil...
A organização de um livro de crônicas não precisa ser tão fechada e previsível como a de uma bula de remédio, por exemplo. Isso implica em que a ordem sequencial dos textos possa ser por data de sua criação (ordem crescente ou decrescente), por ordem alfabética do título, ao invés de ser por temas. No entanto, quando houve a opção de priorizar a metáfora do fogo (transformação) a organização de No Ano do Dragão ficou por conta do teor temático, em detrimento de outro critério. Desta feita, as diversas crônicas que abstraem o psicológico, por exemplo, comparecem em sequência. O mesmo acontece com o socioeconômico e os demais.
O viés autobiográfico e o gênero 'crônica'
No Ano do Dragão é um livro de crônicas que tem personagens poetisas ou não, compositoras ou não, místicas ou não, idealistas ou não,... O foco narrativo de alguns textos é em primeira pessoa, outros não. A temática é contemporânea. O narrador é onisciente. Tudo isso faz suspeitar se há, não só na obra em pauta, mas na crônica em geral, certa veia autobiográfica. No entanto, o viés recorrente no gênero é a leitura de mundo que os autores expressam na construção da ficção sob a própria percepção do momento social vivido na realidade.
Sobre o uso e o custo de ilustrações
Como diz a canção: "Nunca te prometi um jardim de rosas!" (Mas se tivesse prometido seria um jardim de rosas brancas! Vermelhas, amarelas,... só quando o mercado editorial melhorar!)
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