sábado, 24 de outubro de 2015

Cartas (Colagem). Edna Domenica Merola.

Escrever para Deus foi uma ideia do Adalberto. Depois houve uma carta de autoria da Cristina em que a emissora era ela mesma, mas na adolescência, na qual mencionou a expectativa sobre o amor. Houve uma carta de emissora fictícia para o compositor Erasmo Carlos respondendo à Carta e que foi de autoria de Antonieta. Depois o texto Conto em Pas de Deux (MEROLA, 2011) foi lido e comentado por Adroaldo.
O texto Olha o Pão de Maria também foi lido e comentado. Assim, a emissora da próxima carta (que será endereçada a Deus) será Maria: a personagem daquela história.
As experiências do convívio durante as aulas do semestre se somaram, compondo a memória de grupo. Essa miscelânea de frases não só de diferentes textos como também de autores que se encontram, semanalmente, em oficinas de criação, acontece em forma de oração... Assim é que sinto e expresso essa harmonia! Abaixo, segue carta 'colagem' com citações feitas em diferentes trabalhos realizados por vocês, supra nomeados destinatários desta, para escrever outra (endereçada a Deus).


Florianópolis, 24 de outubro de 2015.

Deus,

Desejo que esteja bem ao receber minha carta. Escrevo para manifestar minha admiração pelo Seu trabalho e também para dizer que me emocionei com Sua leitura sobre aquela História de Amor. Pensei no quanto o amor e a dor parecem andar de mãos dadas e numa constante alteração. Será que foi a dor ou o amor que possibilitou nosso reencontro? (1).
O Senhor sabe, eu vivo um momento tão bom da vida, que me faz desejar ser como Peter Pan, o menino que nunca cresceu e está sempre acompanhado da pequena Sininho, uma fada amorosa e minúscula. (2)
Senhor, como bom Pai e Mãe me ajuda muito, dá muito amor e atenção, faz-me parecer uma criança cheia de sonhos. Eu sempre vou obedecê-lo e honrá-lo, meu Pai, pois do meu futuro Você é quem sabe. E eu confio em Você. (2).
Qual ser não se sentiria gratificado com uma declaração de amor (3) de Sua Natureza?
Confesso que sua carta me fez renascer das cinzas! Algo que pensei se tratar de um sonho impossível. Estou, também, plena de amor por Você. E, muito, muito feliz! (3).
Senhor, Você criou a dádiva do livre arbítrio! Não entendo porque foi tão amoroso e liberal!(4).
Na adolescência, discutia muito sobre o que seria o verdadeiro amor e em que momento ele entraria em minha vida. Era um tempo de sonho, pureza e projetos utópicos da vida pessoal. (2).
Era, eficazmente, um conjunto de passos que compartilhavam um tema comum, muitas vezes simbólicos de uma história de amor ou a parceria inerente no amor, com os dançarinos retratando expressões de sentimentos afetuosos e pensamentos entre parceiros românticos... (5)
Como Marta Saré arriscava a vida pelo amor (à arte, no meu onírico caso). (6) Do rechaço e preconceito fiz busca de espaço social. Mas só agora posso entender um pouco mais sobre Sua Obra!
Sou ranzinza, por vezes, mas sempre com reservas de filial amor para Consigo (4).

Maria Somente (Maria Semente de Samba e de Amor). (7)


Citações:
(1) Mariza Meksenas; (2) Cristina Garcia; (3) Antonieta Mercês; (4) Adalberto Martins; (5) Adroaldo Fontes; (6) Edna Domenica Merola; (7) Carlos Paraná, autor da letra de Maria Carnaval e Cinzas.