quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Verbete de O Setênio: "Verde Amarelentos" (MEROLA, 2024)

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A leitura de O setênio (MEROLA, 2024) convoca a indagar sobre o binômio democracia X fascismo. Necessário informar que a autora construiu um "Rol necessário" cuja apresentação em ordem alfabética, no blog Aquecendo a Escrita, iniciou em 01 de dezembro de 2024.

verde Amarelento - simpatizantes do candidato da extrema direita nas eleições de 2018 e de 2022.



Português s para quem. In O setênio (MEROLA, 2024)

É um povo ribeirinho cujos ancestrais morreram de malária, tifo, dengue. Perderam seus bebês para o sarampo, a fome, e a catapora; enquanto Verde Amarelentos tinham crises histéricas por causa da participação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos.(MEROLA, 2024, p 56).


ADENDO SOBRE O ROMANCE "O SETÊNIO" 

Uma personagem septuagenária confessa suas impressões sobre o setênio inaugurado em janeiro de 2016 e vivenciado até oito de janeiro de 2023 como se “tivesse quebrado um espelho” e, em consequência, tivesse “sete anos de azar”. Ao perceber que a história da república brasileira é marcada pela militarização, desencanta-se e se volta para sua ferida narcísica. Lembranças em torno do uso de casacos vermelhos e da escolha vocacional mesclam-se com percepções sobre as campanhas presidenciais de 2018 e 2022. Por meio de personagens ficcionais comparecem aqueles que abatem os demais e os afrontam com ilicitudes. Pela caricatura, desenha a naturalização do personalismo nos atos em prol da ditadura. Retrata o apelo às teorias conspiratórias que abusam da boa-fé e da religiosidade, e redes sociais que se empenham em impedir reflexões sobre educação, cultura e sociopolítica. Desenha um contexto político pedagógico apartado de princípios constitucionais.

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