A leitura de O setênio convoca a indagar sobre o binômio democracia X fascismo. Necessário informar que a autora construiu um "Rol necessário" cuja apresentação em ordem alfabética, neste blog, iniciou em 01 de dezembro de 2024.
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Baderneiros – Extremistas de direita que, em 2022, acamparam frente a quartéis do exército brasileiro. Autodenominaram-se patriotas e apoiaram a intentona de 08/01/2023. Chamados de “patriotários” por Edu Krieger (roteirista e músico) numa paródia. O termo passou a ser amplamente empregado pelos progressistas. Os patriotários patricavam o personalismo ou culto exacerbado e cego à pessoa do presidente em exercício 2019-2022.
Uma sobrevivente do setênio (MEROLA, 2024. P 17)
Nossa república começou com o Marechal que os oligarcas chamaram para ocupar o lugar do Imperador deposto. Já o segundo presidente, conhecido por Marechal de Ferro, inaugurou a prática do culto à personalidade do mandante. Tal personalismo, à época, foi denominado florianismo. Fato é que tal pessoa se negou a passar a faixa presidencial para o civil que o sucedeu.
O último dentre os presidentes da ditadura civil e militar instalada com o golpe de 1964 também se negou a passar a faixa presidencial ao civil que o sucedeu.
Tempos passam e nomes se vão... Práticas mudam?
– Por que um civil eleito pelas urnas eletrônicas, em 2018, negar-se-ia a passar a faixa para o rival que o derrotou nas mesmas urnas em 2022?
– Coisas da caserna! Ou talvez o derrotado quisesse ser Imperador?
ADENDO
O
livro O Setênio
Uma personagem septuagenária
confessa suas impressões sobre o setênio inaugurado em 2016 e vivenciado como
se “tivesse quebrado um espelho” e, em consequência, tivesse “sete anos de
azar”. Ao perceber que a história da república brasileira é marcada pela
militarização, desencanta-se e se volta para sua ferida
narcísica. Lembranças em torno do uso de casacos vermelhos e da
escolha vocacional mesclam-se com percepções sobre as campanhas presidenciais
de 2018 e 2022. Por meio de personagens ficcionais comparecem aqueles que
abatem os demais e os afrontam com ilicitudes. Pela caricatura, apresenta a
naturalização do personalismo nos atos em prol da ditadura. Retrata o apelo às
teorias conspiratórias que abusam da boa-fé e da religiosidade, e redes sociais
que se empenham em impedir reflexões sobre educação, cultura e sociopolítica.
Desenha um contexto político pedagógico apartado de princípios constitucionais.
Encomende seu exemplar de O setênio na Livraria As Latinas.
ResponderExcluirBaderneiros passou a ser eufemismo em 08/01/2023.
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