Era uma vez pessoas comuns que nasceram em diferentes estados da federação brasileira, em cidades grandes ou pequenas... Viveram décadas acumulando experiências diversas: profissionais, familiares, existenciais, estéticas.
Chegado o momento em que lazer e vivência estética devem emergir do lago da solidão, surge a busca por algum tipo de agrupamento que não seja pautado em bingo e cerveja.
Um grupo assim reunido vai desvelando os talentos esquecidos por circuitos comerciais como meios de produção... Talentos escondidos pelo próprio indivíduo: uma latência atribuída a algum educador (professor ou parental) do rol instalado no decorrer da infância pretérita...
Mas na maturidade, a força do grupo pode ainda fazer com que talentos comuns ou especiais possam, pouco a pouco, ir se descolando da insegurança introjetada. A menos valia acumulada pode ser substituída e fazer brotar os projetos de ações sociais e pessoais. Então haverá troca entre os saberes de ordem acadêmica ou do senso comum... Haverá amizade entre as diferentes gerações...
Obviamente, os estranhamentos também acontecem, pois tudo faz parte do viver.
O importante é que a festa para celebrar a natalidade tome o lugar do isolamento. E que os rituais de inclusão tomem o lugar dos ritos de exclusão.
Todo mundo é possuidor da cartela pontencialmente certa e, portanto, com dedicação todos serão premiados com a autoestima e a autonomia otimizada. A sensação de celebração que outrora viria atrelada ao consumo pode ser redimensionada. Pois ela vem da leveza da alma. É hormônio da felicidade? Ou beleza da igualdade?
Tente, experimente... Cantar e dançar com amigos antes do sol se pôr... Comemorar seu aniversário ou de seu amigo, seja da idade que for!
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