domingo, 19 de maio de 2013

Celebração da Natalidade. Por Edna Domenica Merola.


Era uma vez pessoas comuns que nasceram em diferentes estados da federação brasileira, em cidades grandes ou pequenas... Viveram décadas acumulando experiências diversas: profissionais, familiares, existenciais, estéticas.
Chegado o momento em que lazer e vivência estética devem emergir do lago da solidão, surge a busca por algum tipo de agrupamento que não seja pautado em bingo e cerveja.
Um grupo assim reunido vai desvelando os talentos esquecidos por circuitos comerciais como meios de produção... Talentos escondidos pelo próprio indivíduo: uma latência atribuída a algum educador (professor ou parental) do rol instalado no decorrer da infância pretérita...
Mas na maturidade, a força do grupo pode ainda fazer com que talentos comuns ou especiais possam, pouco a pouco, ir se descolando da insegurança introjetada. A menos valia acumulada pode ser substituída e fazer brotar os projetos de ações sociais e pessoais. Então haverá troca entre os saberes de ordem acadêmica ou do senso comum... Haverá amizade entre as diferentes gerações...
Obviamente, os estranhamentos também acontecem, pois tudo faz parte do viver.
O importante é que a festa para celebrar a natalidade tome o lugar do isolamento. E que os rituais de inclusão tomem o lugar dos ritos de exclusão.
Todo mundo é possuidor da cartela pontencialmente certa e, portanto, com dedicação todos serão premiados com a autoestima e a autonomia otimizada. A sensação de celebração que outrora viria atrelada ao consumo pode ser redimensionada. Pois ela vem da leveza da alma. É hormônio da felicidade? Ou beleza da igualdade?
Tente, experimente... Cantar e dançar com amigos antes do sol se pôr... Comemorar seu aniversário ou de seu amigo, seja da idade que for!

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