sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL! Oleni Lobo.

A maior luz é aquela que não precisa estar acesa, apenas sentida e compartilhada; o brilho que nós seres humanos emitimos aos que nos rodeiam, enfatizando um efeito, atenuando outro, dando um toque colorido aqui, outro acolá, considerando cuidadosamente os possíveis efeitos que dê um sentido especial de poder se libertar das estreitezas e dificuldades elevando-se para além de si mesmo pulverizando os amores sobre os amigos, desafetos e pessoas que nunca vimos, mas que tanto necessitam de orientação.
O natal é isto:

a distribuição de amor, respeito, caridade e orientação aos que se encontram à margem da ética e respeito, com isto conseguiremos dar um colorido especial, uma nova ótica de caráter que vai além do material, algo simbólico, uma interação que pode gerar novos significados à vida... ao convívio.
Acredito que algo diferente ocorre em nossa vida para percebermos onde é necessário lapidar e nos tornarmos esta bela obra de arte que somos. Afinal somos luz, a semelhança de DEUS, aliás, podemos ser aquilo que queremos, é claro que teremos que desbravar as trilhas nas quais iremos aprender até chegarmos ao destino final.
Muito 'Brilho', muito amor a si e ao próximo e que todos, com nossa força e energia, possamos fazer brotar o melhor de cada pessoa.

 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Era uma vez um Curso e a Díade Ouvir-Contar. Edna Domenica Merola


"Não é a história que... fascina mas a alma que está nela."
(COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. 2007. P. 67)
Exibindo artes 019.JPG
Psic. Alexandra, Prof. Eloá, Edna, Prof Marilda (Foto do acervo de Cícera Lassala)























Era uma vez um curso de Contadoras de Histórias... Onde aprendi que...

Para contar uma história é preciso memorizar na alma alguns itens importantes: título da história, autora, onde, quando, quem, o quê, como, para quê, epílogo.

– Qual o título dessa história?

Era uma vez um curso ... Do qual foram autoras todas as participantes no processo de ensino-aprendizagem.

Onde o curso ocorreu?

No auditório do N.E.T.I., UFSC, Florianópolis.

Quando as aulas aconteciam? Às segundas-feiras, das 14 às 16 horas, de março a dezembro de 2013.

– Quem participou do curso?

Eloá Aparecida, Marilda, Alexandra (equipe de ensinantes). Alda, Cícera, Edna, Fátima, Ivone, Júlia, Natália, Terezinha (equipe de aprendizes).

– O quê acontecia nas aulas?

Nas aulas ocorriam mediações em torno da arte de contar histórias.

– Como se deram as intervenções didáticas?

As ensinantes usaram exposições teóricas sobre os principais autores canônicos da Literatura Infantil, leituras sobre tópicos referentes ao tema, manuseio de acervo, interação das aprendizes com as ilustrações dos livros do acervo, incentivo à criação individual de recursos visuais para contar histórias.

As ensinantes usaram a mediação de alunos de turmas anteriores como recurso para expor as alunas dessa turma a diferentes modelos de contadores.

Era uma vez um curso e... uma díade... Após saber de cor esses itens é necessário reproduzir a história sem exagerar em adereços ou recursos corporais. O espaço físico deverá ser usado de maneira comedida, servindo para que a contadora se instale e não como lugar de locomoção.

O lugar de instalação de quem conta uma história deverá ser transformado em ambiente de interação no qual ocorrerá um segmento de comunicação. Trata-se da construção da díade a saber: quem conta (ou expõe sua fala) e quem ouve (ou recebe a fala).

O olhar, a gesticulação das mãos e a modulação de voz contam muito para que essa díade se construa. A grande mágica, no entanto, ocorre com a ajuda de dois elementos:

– O primeiro: é preciso que a história penetre a alma da contadora ...

– O segundo: é necessário que a história se aloje em algum nicho do imaginário do ouvinte...

– Difícil?

– Difícil! Mas há contadoras que sabem disso desde a infância, outras aprenderam por intuição no exercício de suas profissões ou no desempenho de papeis na família, na Igreja, em associações.

Posso afirmar, no entanto, que todas as aprendizes da turma de 2013 que foram frequentes até o dia de receber o certificado assinado pela Professora Eloá Aparecida Caliari Vahl aprenderam que a arte de contar histórias envolve sutilezas inerentes aos atos que envolvem o processo de narrar...

– Para quê serve a arte de contar histórias?

A meu ver, a principal dessas sutilezas é a vontade de doar uma oportunidade de reflexão sobre uma ideia, um lugar, um fato, uma ação, uma "fala", uma experiência, uma emoção... Mas a vontade mencionada não caminha sozinha... A arte de contar histórias envolve sutilezas inerentes aos atos de narrar e à vontade de doar-se ao ouvinte que se abre para receber essa energia sutil que emana de simples palavras.

A arte de contar histórias envolve sutilezas do encontro eu-tu...

Não implica em altruísmo! (Muito menos em egoísmo, é claro!). Implica em compartilhar, doar-se e manter o próprio sentimento de pertença, a um tempo único e relacional... No qual se constrói a narradora, a audiência e a narrativa.

Como epílogo: foi assim que experienciei "Um curso e"... que tentei compreender a natureza de "uma Díade Relacional" ímpar: contar-ouvir...
"O fascínio da alma que habita uma história" dará nova dimensão ao desempenho dos papeis de escritora e de professora, no que diz respeito à construção do (a) narrador (a), do narratário, e da narrativa.


 
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Carta para Destinatária Sorteada: Amiga Secreta, Natal de 2013.




De Amaridis para Léa: Amizade

Escrever para minha amiga secreta é começar e não parar mais... Então começaria assim:
– ♫ "Menina que mora na ladeira

   ♪Que desce a ladeira sem parar

  ♫ Debaixo do pé da laranjeira

   ♪Há sempre um alguém a esperar...”. ♫

Amiga que fala da vida e seus olhos brilham de emoção... Que fala de família com o coração... Que fala de filhos e que seu coração vibra de tanto amor... Que brinca com os netos e senta no chão...

Que trabalhou intensamente e ajudou a amenizar as dores...

Que corre feliz para contar histórias...

O que posso dizer mais desta amiga? Posso dizer muito mais! Em verso falarei sobre amizade, assim:

Para que olhar as estrelas?

Se seus olhos brilham muito mais,

Para que correr nos campos?

Se seu perfume de Azaléa exala muito mais...

Para que pegar o cobertor?

Se o seu abraço aquece muito mais!

Para que procurar novos amigos?

Se já temos amizade demais...

Talvez eu pudesse até escrever mais... Só que não consigo... Então, amiga Léa, saiba que a minha amizade por você É GRANDE DEMAIS! Tenha um Feliz Natal e um Ótimo Ano Novo.

Forte abraço, da amiga Amaridis.
10 de dezembro de 2013.AMA.


De Léa para Lourdes: A ternura de uma professora




Professor é todo voltado para o amor

O amor sem questionamento

Pois todo o professor é um sublimador


Todo o professor sonha e espera

Que seus conhecimentos transmitidos

Sejam aproveitados, e estimulados.

Vejo-te uma professora do bem

Sem olhar a quem


Construíste dentro de ti

Uma enorme construção de transmitir

Harmonia junto à sabedoria, que tu lapidaste,

Com tua ternura de professora.


Quando falas na criança, no seu encantamento,

Com suas lendas e cantigas, de bruxas e de sonhos,

Trazes, no teu peito, todo o teu ninar

E os enches de esperança

Para um mundo melhor.


Sei que tens saudades dos teus pequeninos

Da escola publica

Mas tenhas certeza o teu saber a eles repassado ninguém tirou!


Lourdes, que Jesus te abençoe e continue educando

Pois como professora, mãe avó e amiga

Sempre serás presenteada com as bençãos

De Jesus o Salvador


Feliz Natal junto a seus familiares, foi um prazer uma satisfação tê-la como amiga literária.

Abraço de Léa


Para Amaridis, da Osmarina

Ela é: exemplo de amizade sincera. Dá a todas muita atenção. É meiga no falar e no agir. Tê-la entre nós é privilégio, por esta razão eu digo:


Uma das flores do nosso jardim
É a violeta bem pequena
Delicada, de pétalas macias,
Entre todas a mais serena.

Seus gestos são muito meigos
É ativa e laboriosa,
No caminhar pisa macio
Sua voz é luminosa.

É sincera e muito amada,
Dá a todas o seu carinho,
E todas, querida amiga,
Queremos lhe dar um colinho.

Lá vai meu coração,
Dentro de uma caixinha,
Com votos de Boas Festas
Expressos nesta quadrinha.

Lá vai meu coração
Minha alegria te diz
Tenha um Feliz Natal
Minha querida Amaridis.


 

De Maria Angelina Spada para Edna





Magia da Ilha
Ilha da magia


Magia de sonhos
Magia de luz
Magia de encantos que seduz.
Majestosa ilha – bela
Aquarela pintada ao luar
Verdes montanhas,
Imenso mar.
Ilha das rendeiras– alegres, faceiras
Em noite de festa
Lua cheia – seresta
Vem nos cativar.
Bruxas dançando
Anjos cantando
É a magia deste lugar.
Em dias ensolarados
Caminhos encantados
Todos levam ao mar.

Ilha acolhedora de intensa beleza
Atraístes outrora navegantes,
Pioneiros imigrantes
Hoje acolhes gente de todo lugar.
Misturam-se as raças,
Multiplicam-se as cores,
Acultura-se o lugar. 

Cantam os anjos
Dançam as bruxas e,
A magia continua fazendo da Ilha uma poesia
Poesia de Amor.
Edna, seja bem vinda à Ilha da Magia! Viva aqui sua poesia. Dance com as bruxas... Cante, cante com os anjos...


De Sandra para Angelina


Tarefa de presentear...
O que escrever?
O que desejar?
A época é de inspirar
Todos param pra pensar
Todos querem melhorar!
E de concreto, o que esperar?
Cada pequena atitude
Com a melhor intenção
O mundo melhorar!



De Edna para Sandra
Escrever sobre Sandra Lúcia Ribeiro de Souza é falar sobre Sentimento, com suas próprias palavras:

Lembranças...
Vêm lá do fundo de nós mesmos...
Tão vívidas e reais
Que nos transportam de corpo e alma!
Trazem muitas sensações...
Aromas, contatos, visões...
Algumas vezes nos trazem lágrimas aos olhos
Outras vezes enchem nosso coração de imensa felicidade!
Que bom podermos ter a consciência
(quando queremos nos transportar)
Para outras épocas e lugares
E de lá extrairmos aprendizados e energias
E, no momento presente...                         
Vislumbrarmos o quanto...
o futuro ainda pode nos oferecer.


Escrever sobre Sandra é falar de sua sensibilidade em relação à escrita das colegas de grupo, citando como exemplo uma resposta poética que escreveu tendo um cunho de compartilhamento e atingindo, talvez, uma força catártica:




Doces palavras

Cheias de amor

Assim como ela

Irradiando luz e calor!

A vida começou difícil

Mas houve uma escolha

Que transformou o que poderia ser triste

Numa importante história de amor!

Sandra gosta de ter os pés no chão de “Um encantador jardim... no alto de uma colina de nome Carvoeira.”

Sobre “divergências entre as diferentes atitudes”, Sandra escreveu: “os moradores daquele terreno sentiam muito amor um pelo outro e, cada um, de seu jeito único, cuidava, diferentemente, do mesmo jardim... Mas o mais importante era a afinidade que ambos tinham e que os unia ao mesmo espaço para os cuidados rotineiros e para sua contemplação.”

Muito mais poderia ser dito sobre Sandra, mas o mais importante é que sua presença no grupo:

Traz humanidade e amizade,

pois a estimamos de verdade!

                            Edna. 10/12/2013.

De Lourdes Thomé para Albertina

A tenta capricha na escrita
L eves são os seus poemas
B em sabe escolher os temas
E  nleva numa produção  sempre bonita
R i suave, calma é o seu lema
T ransmite  afeto numa figura amena
I nforma e transforma como no cinema
N uances de personagens seu mundo habita
A nte a mensagens que depois agita
Albertina
Uma pessoa especial que tive o privilégio de conhecer
E por algum tempo conviver
Sei o quanto gosta de escrever
Deixando mensagens a conhecer
Gosto de sua criatividade
Dando vida ao personagem
Consegue muita interatividade
Pois de pessoa, bicho e coisa faz imagem
Sua produção é útil
Inventiva, nada fútil
Penso que você deveria continuar
Quiçá, um dia, num livro tudo publicar.
E quando for autografar
Na primeira fila irei estar
Sei que contente irei fotografar
Para então a felicitar.

          Considero sua produção textual:
 Criativa         e     Sincera           
Imaginativa   e         Diferente
Empolgante       e           Ilustrativa

 

De Edna para Valda



Valda, você participou das oficinas que eu (Edna) ministrei no NETI, de março a dezembro de 2013. Logo fiquei sabendo que você é da turma de alunas antigas e, no segundo semestre, registrei isso num haicai:

É da turma antiga

Fala português bem claro

Pras amigas dos feitos.


No segundo semestre, você foi colega de Albertina Alice Regis, Amaridis de Souza Mello, Elsa Casaleite, José Luiz de Carvalho Soares, Léa Palmira e Silva, Lourdes Therezinha Thomé, Lourdes Gasperini, Maria Angelina Spada, Osmarina Maria de Souza, Sandra Lúcia Ribeiro de Souza. Essa turma combinou que o presente de ‘amiga secreta’ seria um texto feito para essa amiga. Fiquei muito feliz quando no sorteio fui contemplada com seu nome: que já tinha sido homenageado na abertura do meu soneto Canção NETI, no primeiro semestre:

Sua felicidade, verdade e vontade...

Seu nome é canção: Valda Valdemar de Andrade

Por outro lado fiquei imaginando o que poderia escrever, uma vez que foi a pessoa que mais recebeu homenagens registradas em formas de textos postados em http//NETIATIVO. blogspot.com.br, no qual registramos as produções do grupo.

Como você não tem por hábito utilizar o computador, avaliei a coragem que teve para enfrentar um grupo que aceitou efusivamente a ideia que apresentei, na primeira aula: a de fazer um registro digital de nossas produções. Questionei-me se eu teria toda essa ousadia em matéria de enfrentamento. Busquei então inverter os papéis com você... Ao invés de tentar avaliar o que você aprendeu, resolvi me questionar sobre o que aprendi com você, quer assistindo suas ‘performances’, quer lendo os seus textos.

Primeiro registrarei minha recepção do trabalho de ‘performance’ que você realizou durante o primeiro semestre. Começo pelo histórico da personagem que você criou.

Vovó Dulci é hoje alguém de quem você se tornou íntima. Morava a princípio num texto de poucas linhas manuscrito por você, digitado por Osmarina Maria de Souza e 'editado por mim (Edna) no blog NETIATIVO. Segue o texto de sua autoria, cujo título é “Um Pedacinho do Mundo”:

Catarina foi visitar sua prima Ana que há muito tempo não via.

Na viagem Catarina conheceu Dulce, uma senhora com 84 anos de idade.

Fizeram amizade e Dulce convidou Catarina para passar uns dias em sua casa para baterem um papo e tomarem um chá com bolinhos.

Dulce falou que morava em uma vila de pescadores, era viúva há muitos anos. À noite sentava na varanda de sua casa para contemplar as estrelas no céu, olhava o mar, o clarão da lua. E dizia:

‒ Sou feliz. Moro em um lugar onde posso sentir o cheiro do mar. Em todas as manhãs vejo o nascer do sol.

Catarina nunca tinha escutado uma história tão linda e prometeu a Dulce que um dia iria visitá-la, pois estava ansiosa para conhecer esse lugar tão fascinante.

‒ Um pedacinho da plenitude do mundo! ‒ que era Florianópolis, segundo Dulce.

Um dia, a personagem Dulce saiu do papel e pôs-se a navegar por 'mares bravios' de sua 'terra natal' dentro de um livro que seria jogado fora, não fossem suas mãos, Valda, segurá-lo no mundo das coisas úteis. Em sua mãos, Valda, você segurou o barco no qual se deu a viagem. Trata-se de um barco de pesca chamado Santa Rosa que sai em busca de seu sustento, numa viagem difícil, mas cheia de fé e sob a proteção de Santa Clara.
Segundo você contou, Vó Dulci aprendeu a 'rendar' 'com a onda faceira, na praia bordando o mar'. Em sua casa, toalhas de renda de bilro e chita se misturam para enfeitar a mesa na qual serve chá com biscoito de milho à amiga Catarina.
Catarina é uma personagem que foi criada por mim para 'trabalhar' em oficinas e dialogar com outros personagens. A boneca ‘Vó Dulci’ foi 'confeccionada' por Amaridis. O nome foi homenagem à colega do primeiro semestre Dulcirene Grein Ferreira. Compareceu à sua apresentação uma visitante ilustre: Neli Góes Ribeiro, fundadora da AMAB, que atua no momento como Coordenadora do Projeto AfroArtesã e tesoureira da AMAB. Acompanhava Neli: Nilton César Góes, jornalista, que integra o Clube de Esperanto de Florianópolis, e é associado e colaborador da AMAB. Além de testemunhar sua apresentação performática, compilei todos os seus textos postados no blog NETIATIVO, em 2013. Não são numerosos. Isso eu digo para mostrar que exercitar-se muito é bom, mas não suficiente. Há que fazer e descansar do fazer, para repensar a feitura. Seu fazer, Valda, é a meu ver, preferencialmente existencial. Você não pretende construir teorias... E de bom grado me coloco como quem gosta de fazê-lo, de quem sabe ler nos trechos de criação escrita os registros de vida. Faço isso para que você possa conferir como interpreto seus textos e, assim, me conhecer um pouco mais por meio desse recurso. E também para que outros leitores possam usufruir da sua companhia por meio das abstrações sobre sua produção escrita.
Num texto escrito em grupo, li sua frase: “A música acalma meu espírito” que demonstra sensibilidade e bom gosto para as escolhas, na vida. Seu movimento em direção à luz é nítido. Dirige-se para onde vê oportunidades para se inserir, ser aceita, cultivar a autoestima... Busca boa música para seus ouvidos espirituais.
Sua imaginação é rica. Escolhe e faz o seu próprio colorido. Ama a simplicidade das belezas naturais. A música que a acalma é a que você pode cantar ou ouvir no cotidiano. Gosta de se relacionar bem e sabe cativar e ser agradecida à atenção que lhe é oferecida. Põe a busca pela novidade e conhecimentos como meta de vida.
É realista ao falar de suas lutas e conquistas pessoais. Sua maneira de medir o sucesso pessoal é de caráter humanista. Descreve a velhice como um tempo de sabedoria, beleza, harmonia e integração com o cosmos. Um descanso ao lado de uma fogueira é a imagem que você intui nessa fase de vida da qual partilha, hoje. Descreve, ainda, com naturalidade, um estado de contemplação a que acessou durante um exercício de imaginação dirigida proposto em uma das oficinas. Declara sua crença na capacidade humana de transcendência libertadora.

Agradeço sua participação na Oficina de Criação Literária do NETI, em 2013. Com votos de felicidade e paz perenes,
         Edna Domenica Merola. Florianópolis, 05 de dezembro de 2013.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O presente que Edna recebeu de Natal de Valda Valdemar de Andrade.

No ano de 2013, Edna trabalhou como voluntária em oficina de criação literária. Como gosta muito dessa ação, já se considerava gratificada, acreditando que seu Natal foi durante o ano inteiro. Mas na avaliação das oficinas recebeu a tarefa que Valda Valdemar de Andrade denominou de 'carta'.  O título da linda crônica enviada por Valda é NETIATIVO: nome do blog da Oficina de Criação Literária coordenada por Edna.
Segue a transcrição para compartilhar esse presente com os leitores do blog Aquece a Escrita.



NETIATIVO. Valda Valdemar de Andrade

O primeiro dia de aula foi uma caminhada... Olhando uns aos outros desconfiados, com gestos inseguros, sem nada entender. O grupo inquieto, tirando os sapatos. E me senti do lado de fora do N.E.T.I. Nas outras aulas: as cartas de tarô... Jogo que eu nunca vira. E esse vai e vem de cartas com tanta filosofia confundia meu Português!
Como eu sou de enfrentar desafios, segui meus dias com dificuldade. Pensei até em desistir. Mas com amor ao NETI e querendo aprender, não me acovardei e segui em frente. Tomei coragem para enfrentar desafios e os ventos fortes e tempestades!
Foi quando apresentei meu trabalho Ser Feliz é Escolha Sua e com esse trabalho abri portas. Os participantes do grupo apresentaram histórias de vida que despertavam nossa atenção. Com a aceitação da professora Edna, o grupo tomou direção, armou as velas. E o barco do NETIATIVO seu destino com coragem. Era uma tripulação com sabedoria e ação. As aulas tomaram outro rumo com a amizade da professora Edna que mostrou interesse e se familiarizou conosco. Para dar força, brincava com o grupo dizendo ‘é uma brincadeirinha’, referindo-se à metodologia usada.
Com todo carinho e amizade, convidou as alunas para tomar café em sua casa e conhecer sua família. No primeiro momento foi uma revelação surpreendente. Desenvolvi meus trabalhos que me deram muita felicidade, crescimento pessoal, um aprendizado de aulas diferentes.
Então descobri um pedacinho do mundo perdido dentro da minha imaginação. A professora Edna olhava por cima dos óculos para ler nossos textos... Ela também escrevia crônicas e poesias... Apresentou propostas para caminharmos em grupo e descobrir caminhos...
Ao caminhar com minha imaginação, conheci um velho sábio e com tinta e pincel pintei meu mundo. Hoje, eu tomei como lição que o NETIATIVO mostrou que tenho dentro de mim um mundo que eu posso desenhar com a minha sabedoria de vida e colorir com as cores da minha imaginação.
Sou muito feliz por fazer parte de um grupo tão participativo e com a alegria de estar aprendendo a cada dia.
É com esse pensamento que quero chegar até o final do curso e com a certeza de continuar no ano que vem.
Parabéns, Edna, pela força que você me deu. Muito obrigada pela compreensão e carinho. Vamos navegar como o barco do NETIATIVO e com a graça de Deus.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Se eu inventasse o Natal... Edna Domenica Merola


Se eu inventasse o Natal,
Criaria um ser natural
Pai e mãe - água - terra - fogo
Revigoraria o ar todo...

Se eu inventasse o Natal,
assinalaria o astral
com sinfonia e poesia
com melodia e harmonia...


Natureza prodigiosa
de beleza eterna em glosa...
Toda audácia: o amor fraternal...
Se eu inventasse o Natal.